A Argentina é um destino turístico popular, conhecido por sua rica cultura, gastronomia e paisagens impressionantes. No entanto, para turistas que planejam visitar o país, um dos maiores desafios pode ser entender o funcionamento do câmbio local. Devido à complexa situação econômica, à alta inflação e às variações significativas na taxa de câmbio, é essencial que os visitantes saibam como obter o melhor valor ao trocar seu dinheiro.
Entendendo a Economia e o Câmbio na Argentina
A Argentina tem uma história de instabilidade econômica marcada por ciclos de inflação e desvalorização da moeda local, o peso argentino (ARS). Para tentar controlar a saída de divisas, o governo impõe restrições no mercado de câmbio oficial. Isso gerou o surgimento de um mercado paralelo, conhecido como o “dólar blue”, que oferece uma taxa de câmbio significativamente mais alta do que a oficial.
Como resultado, os turistas que trocam seu dinheiro no mercado oficial acabam obtendo uma cotação muito inferior à oferecida no paralelo, o que pode afetar consideravelmente o seu poder de compra no país.
Mercado Oficial vs. Dólar Blue
- Mercado oficial: É o câmbio regulamentado pelo governo argentino, com taxas fixadas diariamente pelo Banco Central. Bancos, casas de câmbio e a maioria dos caixas eletrônicos utilizam essa taxa para realizar transações.
- Dólar blue: O dólar blue é o nome dado ao câmbio paralelo, que opera fora da regulamentação oficial. O diferencial entre as taxas do mercado oficial e o paralelo pode ser significativo, chegando a quase o dobro do valor em determinados períodos.
Em nossa viagem em outubro de 2023, conseguimos utilizar o dólar blue, usando nosso cartão de débito da Wise e trocando nosso dinheiro (real brasileiro) através da Western Union. É importante levar em consideração que este artigo se baseia na nossa data de viagem e, a partir dela, iremos compartilhar nossa experiência.
Trocar Moeda na Argentina
Se você é um turista e está planejando sua viagem para a Argentina, é importante saber quais são as melhores maneiras de trocar dinheiro no país. Saiba qual utilizamos em nossa viagem:
1. Western Union
A Western Union paga o montante em pesos argentinos a uma taxa muito próxima da oferecida pelo dólar blue, o que pode representar uma economia considerável. Além disso, o processo é legal e regulamentado, o que oferece segurança adicional em comparação com o câmbio paralelo informal.
Em nossa viagem, conseguimos 169 pesos argentinos (ARS) por cada real brasileiro. Por mais que pareça muito, não pense que está milionário, mesmo que a foto abaixo sugira o contrário.
2. Pagamentos com Cartão de Crédito e Débito
Os cartões de crédito e débito são amplamente aceitos na Argentina, mas é importante observar a taxa de câmbio utilizada. Muitas vezes, os bancos e emissores de cartão aplicam a cotação oficial, o que significa que você estará pagando mais caro em pesos do que se tivesse feito a troca pelo dólar blue. Em nossa caso utilizamos a Wise, e nela tinhamos um peso muito próximo ao cambio oficial, em torno de 167 pesos argentinos por real brasileiro.
Neste link, você pode conferir todas as nossas dicas sobre os melhores cartões internacionais de débito que usamos em nossas viagens, proporcionando comodidade e excelentes taxas para você, viajante sem fronteiras.
Conclusão
O câmbio na Argentina pode ser um desafio para turistas desavisados, mas com o conhecimento certo, é possível maximizar o valor do seu dinheiro. Optar pela Western Union, trocar moeda no paralelo com cautela ou usar cartões de crédito com a taxa correta são estratégias que podem garantir que sua viagem seja mais econômica e tranquila. Entender as diferenças entre as taxas de câmbio e tomar decisões informadas é essencial para aproveitar ao máximo a sua estadia na Argentina.
